Israel, Hamas e as profecias

Kayhiel José

dez/23

Descrição da Coluna:

ATUALIDADES

A Guerra entre Israel e o Hamas sob o olhar de Ezequiel

Kayhiel José

Desde o último 7 de outubro, uma escalada de violência entre Israel e o grupo terrorista Hamas tem assolado a terra de Canaã, resultando em uma guerra de proporções significativas. O ataque sem precedentes do Hamas, baixo, vil, covarde, cruel e horripilante, em todos os sentidos éticos e morais, envolvendo operações aéreas, marítimas e terrestres, sequestros e atrocidades inenarráveis, desencadeou uma resposta militar vigorosa por parte de Israel.

O cerne do conflito remonta a décadas de tensões. A criação do Estado de Israel em 1948, seguida pela ocupação de territórios após a Guerra dos Seis Dias em 1967, tem sido fonte de discordância e apreensão constante. A questão do controle sobre locais religiosos em Jerusalém, como a mesquita de Al-Aqsa, tem gerado particular controvérsia.

O Hamas justificou a injustificável e terrificante violência com o ridículo argumento de defesa à mesquita de Al-Aqsa, e Israel respondeu com uma contraofensiva intensa na Faixa de Gaza. Após uma semana de sobreaviso à população civil, as Forças de Defesa da nação judaica estão conduzindo ataques aéreos, disparos de artilharia e incursões terrestres, visando a libertação de reféns, a destruição de túneis, depósitos de armas, quartéis-generais e plataformas de lançamento do Hamas e da Jihad Islâmica. A situação escalou para um bloqueio total em Gaza, com a interrupção de serviços essenciais. A situação humanitária é crítica e desoladora.

A comunidade internacional, representada pela reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, demonstrou sua já famosa incompetência em alcançar um consenso, que na verdade camufla seus reais, sórdidos e obscuros interesses. O governo brasileiro, que atualmente abraça a ideologia comunista, anticristã e antissemita, muito vacilante em suas convicções e valores, atua como mero fantoche da Rússia e quase causou um incidente diplomático ao defender o cessar-fogo, com a enfadonha e hipócrita tese da urgência de desbloquear o processo de paz.

Fundado em 1987, o Hamas é uma organização terrorista que tem por único objetivo eliminar o Estado de Israel. Financiado principalmente pelo Catar, o grupo vem recebendo significativo apoio político-financeiro do Irã nos últimos anos, e também paramilitar, através do Hezbollah.

Este embate, sobre o qual paira o fantasma da 3ª Guerra Mundial, com suas ramificações geopolíticas e humanitárias, tem levado muitos a buscar entendimento nas profecias bíblicas, particularmente na visão de Ezequiel centrada em um líder chamado Gog, da terra de Magog, e numa coalizão de nações. Embora a identidade deste líder ainda seja alvo de interpretações diversas, alguns notam paralelos simbólicos entre as ameaças descritas por Ezequiel e os desafios contemporâneos enfrentados por Israel, pois a terra de Magog é claramente descrita como um reino do extremo norte, onde situa-se a Rússia, considerada um “player” oculto em muitos dos enclaves atuais.

Contida nos capítulos 38 e 39 do Livro de Ezequiel, o profeta descreve uma coalizão de nações, liderada por Gog, que se volta contra Israel em um conflito épico. A batalha culmina em uma intervenção divina, demonstrando o poder e a soberania de Deus sobre a história da humanidade.

À medida que o mundo testemunha o desenrolar de uma guerra imprevisível, muitos crentes judaico-cristãos refletem à luz das Escrituras, não como mera especulação intelectual, mas como expressão de fé na fidelidade de Deus e na confiança de que Ele está no Domínio Superior, mesmo quando as circunstâncias parecem sombrias.

Entretanto, é crucial abordar esses temas com humildade e respeito, pois o propósito principal não deve ser o de prever o futuro, mas encontrar significado espiritual nas circunstâncias presentes e buscar caminhos para a paz, a compreensão mútua e o diálogo construtivo entre as nações.

Em meio à complexidade e gravidade do conflito entre Israel e o Hamas, não podemos perder de vista que a profecia de Ezequiel enfatiza, acima de tudo, a importância da esperança e da confiança em Deus. Tanto na tradição judaica quanto na cristã, a mensagem central é que, apesar dos desafios e dificuldades, Deus é o Rei Soberano e Fiel, e Sua promessa de proteger Seu povo é Eterna.

Louvado seja Yahvé!